Em 25-01-2018.
Presidentes das entidades fizeram apelo em prol do pagamento da contribuição sindical patronal, durante entrevista coletiva na manhã de quinta-feira, 25 de janeiro
Os presidentes de quatro sindicatos patronais de Brusque estiveram reunidos na manhã de quinta-feira, 25 de janeiro, no Centro Empresarial de Brusque, para conceder uma entrevista coletiva à imprensa, oportunidade em que fizeram um apelo aos empresários, para que não deixem de pagar a contribuição sindical patronal, que anualmente vence no dia 31 de janeiro.
Fernando José de Oliveira do Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque), Marcelo Gevaerd do Sindilojas (Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Brusque, Guabiruba e Botuverá), Marcus Schlösser do Sifitec (Sindicato Patronal Têxtil de Brusque, Botuverá e Guabiruba) e Rita Cassia Conti do Sindivest (Sindicato Patronal das Indústrias do Vestuário de Brusque e Região), manifestaram preocupação com o futuro das entidades representativas.
Fernando José de Oliveira observou que apesar de a contribuição não ser mais obrigatória, a receita advinda dela é essencial para manter as atividades do sindicato. “Lembramos que somos uma entidade sem fins lucrativos, a diretoria não é remunerada e nossa finalidade é lutar pelo melhor para as empresas que representamos. Se a contribuição realmente for extinta, vamos ter que reinventar o sindicato ou deixar que o associativismo se acabe. Por isso, o Sinduscon vai enviar a guia para todos os associados e orientar para que os pagamentos sejam feitos. Precisamos que mais empresários apoiem esse trabalho e se envolvam, porque não adianta só lamentar e reclamar quando não há avanços para a classe”, declarou o presidente do Sinduscon.
Marcelo Gevaerd destacou que o objetivo dos sindicatos é defender as empresas as quais representam e que as grandes conquistas de cada setor, são conquistadas por intermédio do associativismo. “Se não tivermos o apoio dos empresários, não sabemos como será daqui pra frente. Corremos o risco de ter que extinguir o sindicato e vir a ser representado por associações de outras cidades, com realidades diferentes da nossa. Infelizmente, é muito comum algumas pessoas enxergarem os sindicatos como oportunistas, como algo para se aproveitar das empresas, mas isso realmente não condiz com nossas estruturas, que são bem enxutas e cujo trabalho da diretoria é voluntário. Deixo o apelo para que as empresas continuem contribuindo, para que possamos manter a classe unida e fortalecida. Com um pouco de cada um, conseguiremos seguir com nosso trabalho. Hoje o Sindilojas representa mais de cinco mil empresas em Brusque, Guabiruba e Botuverá, e temos apenas cerca de 50 associados”, relatou o presidente do Sindilojas.
Marcus Schlösser reforçou que a contribuição sindical equivale a cerca de 50% das receitas dos sindicatos patronais. “Caiu a obrigatoriedade do pagamento da contribuição sindical, mas as atribuições dos sindicatos permanecem. Ou seja, houve uma mudança sem ter sido promovida uma discussão sobre o assunto, ou um planejamento de como ficariam as obrigações dos sindicatos, sem essa receita. Nosso apelo é no sentido de os empresários continuarem apoiando nosso trabalho. Vivemos numa região privilegiada onde o dinheiro arrecadado por meio da contribuição sindical patronal é aplicado em melhorias para a classe. Inclusive, em nossa região, os sindicatos dos trabalhadores também prestam uma importante assistência em saúde, da qual o Estado não consegue dar conta”, alertou o presidente do Sifitec.
Por fim, Rita Cassia Conti considerou que o pagamento opcional da contribuição sindical pode provocar o enfraquecimento dos sindicatos. “Nosso desejo é de que os empresários não vejam essa contribuição como mais um imposto que não traz retorno para as empresas. Pelo contrário, essa contribuição é fundamental para fortalecer e manter o setor unido. Cada sindicato patronal tem trabalhado fortemente para alcançar novas conquistas para todos. Então nosso apelo é para que os empresários não deixem de contribuir, se associem e estejam mais envolvidos nas atividades dos sindicatos”, frisou a presidente do Sindivest.
A contribuição sindical patronal, que é calculada conforme o capital social de cada empresa, era obrigatória e passou a ser facultativa após a Reforma Trabalhista.
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