A pesquisa de intenção de compras do Dia das Crianças de 2023 apontou avanço na intenção de gasto médio dos consumidores catarinenses em 4,4% frente ao ano anterior. Assim, a expectativa de dispêndio médio é de R$ 246,54, o maior resultado nominal da série histórica. Todavia, o resultado, comparado em termos reais, está ligeiramente abaixo, -0,2%, do de 2022.
Cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) preveem que cerca de R$ 470 milhões de reais deve ser movimentados para o próximo Dia das Crianças. E, é importante lembrar que, em termos de volume de vendas, o Dia das Crianças é considerado o terceiro evento mais relevante do calendário do varejo nacional, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.
A maioria dos entrevistados indicou ter situação financeira equivalente a do ano anterior, atingindo 45,2% dos entrevistados. O segundo maior grupo, 40,4%, afirmou que está em situação melhor do que em 2022. E apenas 14,0% relataram que estão em situação pior. Importante notar que os três percentuais são recordes. O percentual de em melhor situação e em igual situação nunca estiveram tão altos, enquanto o de pior nunca esteve tão baixo. Em conjunto, isto sugere que o consumidor vem mais confiante para data.
O volume de serviços no estado de Santa Catarina recuou -0,3% frente ao registrado em junho. Esta é a terceira queda registrada no ano (em janeiro -1,2% e em abril -3,4%) e corrobora o panorama de desaceleração do setor. Tal cenário fica mais claro quando se lembra de que após o tombo de abril, o setor avançou 1,4% em maio e 0,7% em junho.
No cenário nacional a trajetória é semelhante, exceto por, agora, mostrar crescimento de 0,5%. As demais variações foram positivas. Na comparação com julho de 2022 o volume de serviços aumentou 8,9%, décima sétima alta consecutiva. No acumulado do ano o avanço é de 10,7% em relação ao mesmo período de 2022, e no acumulado dos últimos 12 meses o avanço é de 9,0%. No Brasil, os aumentos foram de 3,5%, de 4,5% e de 6,0%, respectivamente.
Em julho, o volume de vendas do comércio catarinense avançou 0,8%. O resultado é bastante próximo ao de junho (0,7%) e indica a instalação de um ritmo lento de crescimento do setor que se segue desde o tombo registrado em maio (-2,8%). No Brasil o volume de vendas aumentou 0,7% na passagem do mês. E, entre as Unidades da Federação, duas permaneceram estabilizadas, onze apresentaram variação negativa e quinze positiva.
Os demais indicadores do volume de vendas do varejo restrito em Santa Catarina também se expandiram em julho: frente a igual mês de 2022 (0,1%), no acumulado no ano (2,6%) e no acumulado dos últimos 12 meses (2,8%). No Brasil, tais crescimentos foram de 2,4%, 1,5% e de 1,6%, respectivamente.
Dados foram apresentados durante Painel ESG como Pilar de Negócios, evento em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE)
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-SC) apresentou, durante o Painel ESG como Pilar de Negócios, uma pesquisa inédita no estado que avaliou se o consumidor catarinense é ou não consciente. O evento ocorreu em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e contou ainda com um painel mediado pela analista de sustentabilidade da Condeferação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), Fernanda Ramos.
Os dados da pesquisa apontam que o consumidor catarinense é muito consciente em determinados contextos de compra, como a predileção pela compra de refis, e em suas casas comportamentos conscientes, como a destinação correta de produtos como lâmpadas e óleo de cozinha, que estão cobertos pela política da logística reversa.
“A rejeição aos produtos testados em animais também é alta, junto com a busca por consertar itens de moda, dois importantes comportamentos que impactam os setores do comércio e do serviço em Santa Catarina. Outro importante dado para os empresários é a prática do cancelamento de empresas que desrespeitam o meio ambiente e os seus colaboradores, com os consumidores afirmando que deixam de comprar em empresas que praticam tais comportamentos”, explica a analista de pesquisa, Ana Carolina Rocha.
Tais dados dialogam com os dados da pesquisa do instituto Kantar Ibope, que afirma que 84,7% dos catarinenses estariam dispostos a pagar mais por produtos saudáveis para o meio ambiente, e 85,7% acreditam que as empresas deveriam ajudar os consumidores a serem responsáveis com o meio ambiente.
Outros dados, como o de consumo de produtos orgânicos e compras de itens de moda de segunda mão, por exemplo, apontam que um comportamento consciente de consumidor está muitas vezes atrelado ao tema, e que existe ainda um importante caminho de engajamento a ser seguido pelos consumidores catarinenses.
“Os consumidores catarinenses podem ser considerados EcoConsiderers, que tomam algumas medidas para reduzir seu impacto ambiental e que estão no meio do caminho na busca por se tornarem mais sustentáveis. Essa realidade pode ser uma oportunidade a ser explorada pelos empresários catarinenses, que podem se adaptar e se tornarem mais sustentáveis, e com isso captando e fidelizando esses consumidores que estão no processo de conscientização de seu comportamento consumidor”, comenta o superintendete da Fecomércio, Renato Barcellos.
Dados da CNC apontam que 75% dos tomadores de decisão consideram que o tema ESG/ASG ganhará ainda mais importância no próximo ano. Essa tendência não pode passar despercebida pelos empresários catarinenses do comércio, serviços e turismo, principalmente quando nota-se que o consumidor catarinense é majoritariamente um consumidor que se definem como controlado, que realiza muita pesquisa antes de realizar suas compras, e que o comportamento desse perfil se demonstrou diversas vezes alinhado as práticas mais conscientes, e que os consumidores compulsivos, que não pensam muito antes de gastar e que tem comportamentos menos sustentáveis, representam uma minoria.
Painel reúne empresas para debater tema
Após a apresentação da pesquisa, o I Painel ESG como Pilar de Negócio da Fecomércio em parceria com o BRDE, promoveu uma grande reflexão nos participantes. O líder do Capitalismo Consciente Brasil, Hugo Bethlem, fez uma grande provocação sobre negócios conscientes e o foco no propósito.
A CEO da CoClima Plantando o Futuro, Darushe Aguiar; a líder de ESG na Teltec Solutions, Debora Neves; e o presidente da Rede Caixa Solidária Brasil, Paulo César Vargas, debateram o tema e apresentaram ideias de como o empresário pode se tornar sustentável em suas empresas. Desde a simples adoção de atitudes, até grandes projetos de descarbonização. O encontro encerrou com uma palestra do gerente de planejamento do BRDE, Olavo Gavioli, que apresentou linhas de crédito para empresas que querem se desenvolver aplicando práticas sustentáveis.
Com a missão de unir, orientar, defender e representar as atividades e categorias do setor do comércio de bens, serviços e turismo, a Fecomércio lançou nesta semana, o Boletim Técnico de Turismo do primeiro semestre de 2023. O intuito deste boletim é apresentar um panorama do setor, baseado em dados e indicadores obtidos por meio de pesquisas desenvolvidas pela entidade, complementados pela análise sistêmica de dados abertos disponibilizados por diferentes fontes.
“Este documento é mais um instrumento para auxiliar os empresários na tomada de decisões, além de favorecer a atração de investimentos, auxiliar na análise dos atores do turismo em relação ao desenvolvimento de sua região e seus negócios locais”, explica o presidente da Fecomércio, Hélio Dagnoni.
O documento mostra que o turismo segue sendo um dos setores mais importantes para a economia do estado e em constante crescimento. Na arrecadação tributária, dados da Secretaria da Fazenda indicam que o setor arrecadou cerca de R$ 288 milhões em impostos, o que representa 17% do total arrecadado pelas atividades de serviços no Estado.
Foram 10.557 novas empresas registradas até agosto, um aumento de 10,5%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Julho marcou o primeiro saldo positivo de emprego nas atividades turísticas do estado no ano. Foram 223 contratações a mais que as demissões. As atividades com melhor desempenho foram Hotéis (59), Agências de Viagem (45) e Lanchonetes, Bares e similares (40).
A inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 0,23% em agosto. Frente ao apurado em julho (0,12%), houve um aumento de 0,11 ponto percentual (p.p.) na passagem do mês. Esta variação positiva é a segunda consecutiva após a deflação registrada em junho (-0,08%) sinalizando que o processo de desinflação observado ao longo do primeiro semestre perdeu força e a inflação ainda mantem seu viés de alta. Além disso, o resultado destoa bastante do de agosto de 2022 (-0,36%).
Na construção do resultado, os maiores impactos inflacionários vieram da energia elétrica residencial (0,18 p.p.), da gasolina (0,06 p.p.) e do automóvel novo (0,05 p.p.). Na outra direção, houve pressão deflacionária, sobretudo, por conta da passagem aérea (-0,07 p.p.), do etanol (-0,03 p.p.) e de gêneros alimentícios como a batata-inglesa (-0,03 p.p.) e o leite longa vida (-0,03 p.p.).
Dados da 12ª Pesquisa de Inverno na Serra Catarinense apresentados pela Fecomércio na manhã desta quinta-feira, 21, indicam melhora do faturamento das empresas catarinenses em julho e agosto de 2023. A apresentação, na sede da Fecomércio, foi prestigiada pelo secretário de Turismo, Evandro Neiva, pelo empresário do ramo turístico e presidente da IGR Caminhos da Serra, Sebastião Eliseu Farias, e por outras autoridades do ramo turístico catarinense. Representando a Fecomércio estava o vice-presidente de turismo, Fábio Souza.
A pesquisa apontou que a área que tem maior investimento dos visitantes é a de hotelaria, que também apresenta uma maior procura desde 2017. Além disso, o maior público é formado por brasileiros, principalmente catarinenses, que representam um aumento de quase 10% entre 2022 e 2023. Moradores do Rio Grande do Sul também passaram a visitar mais a serra, configurando 11% dos turistas.
Ainda segundo os dados levantados pela Fecomércio, o faturamento das empresas aumentou em 2,3%, comparado ao ano anterior, e em 8,7% em relação aos outros meses de 2023. Assim, com a melhoria da economia, também houve um crescimento na contratação de pessoas extras para o período de inverno em quase 5%.
O secretário Evandro Neiva ressaltou que o turismo tem se transformado em uma grande fonte de investimento do Governo. “Esses dados apontam que o verão e o inverno são turismo o ano todo. Agradeço e parabenizo a Fecomércio, nós temos um grande trabalho pela frente que vai apenas trazer bons frutos”, disse o secretário.
O evento, realizado anualmente pela Fecomércio, divulga dados a respeito do turismo catarinense levantados durante os meses de julho e agosto daquele ano. Ministrada pelo coordenador do observatório de turismo da Fecomércio, André Carvalho, e pela analista da divisão de planejamento, Daniele Carvalho, a cerimônia apontou o crescimento do comércio da Serra Catarinense no inverno.
“Esses números da Fecomércio ajudam a nós, empresários, a compreender o cenário atual e são essenciais para sabermos no que devemos investir cada vez mais. Nós estamos, assim como o Estado, comprometidos a trazer mais visibilidade para a Serra e, consequentemente, para Santa Catarina”, afirmou Eliseu Farias.
A pesquisa aponta que a procura por alimentos e bebidas catarinenses também cresceu, de forma que 84% dos entrevistados experimentaram ou iriam experimentar itens alimentícios da serra.
Em agosto, a pesquisa mensal de endividamento e inadimplência do consumidor para Santa Catarina (PEIC) aponta um recuo dos três principais indicadores no estado. O percentual de famílias catarinenses endividadas caiu -2,9% e alcançou o nível dos 76,8%. Esta queda, de 2,3 pontos percentuais (p.p.), encerra uma sequência de cinco meses de crescimento ininterrupto do endividamento e retorna o índice estadual para uma patamar abaixo do registrado no Brasil (77,4%).
Pelo segundo mês consecutivo, a taxa de inadimplência em Santa Catarina, a qual expressa o percentual de famílias com alguma dívida financeira em aberto, apresenta contração de -6,6% e atingiu o nível dos 28,9%. O patamar do índice ainda é bastante elevado e considerado preocupante, embora, tenha ficado abaixo do nacional (30,0%) em agosto. Entretanto, em pontos percentuais, a queda foi de -2,0 p.p., a de maior magnitude desde maio de 2020 (-4,3 p.p.), o que revela uma divergência significativa com o cenário nacional, já que no Brasil a inadimplência segue crescendo e o volume de consumidores com dívidas atrasadas atingiu a maior proporção desde novembro de 2022.
A Intenção de Consumo das Famílias Catarinenses (ICF) segue em contínuo crescimento pelo décimo sétimo mês consecutivo ao apresentar alta de 2,1% em agosto. Assim, o índice manteve-se na região de otimismo com 105,0 pontos, nível próximo ao limiar da zona de otimismo.
Embora a sequência de alta seja bastante longa, a velocidade de recuperação do índice é gradativa. Isso sugere que o consumidor tem observado certa melhora em sua condição, mas ainda não se sente totalmente seguro para realizar as compras desejadas. Por isso, a evolução do ICF permanece robusta em relação ao período mais recente, enquanto, persiste hiato frente ao período resultados pré-pandemia. Deste modo a satisfação das famílias em agosto de 2023 está 67,8% acima da registrada em agosto de 2022, e -6,3% inferior da de fevereiro de 2020.